sexta-feira, 22 de novembro de 2013


A África é eu e vocês:


"Ação Afirmativa, dez anos depois 10.639/03" 

Movimento Negro Brasileiro.

Texto: Prof. Osvaldinho Teixeira.
Mestre Griô, Pedagogo e Pós Graduado em Historia da África.

A nossa luta não poder acabar. Não devemos esmorecer, nunca estivemos tão próximo das nossas conquistas, é importante a nossa adesão; unidos temos mais força.
Os encontros do movimento negro estão sendo realizados em vários espaços, muitas redes foram criadas com outros discursos, mas pertinente, a minoria quer ser independente; individualistas, quando são convocados inventam mil e uma desculpas para não se comprometer e ainda produzem  duras críticas aos que ainda se mantem na luta. Essas críticas fazem parte do processo evolutivo, é sinal que estamos sendo vistos e mais, incomoda, assim ficar atento parece ser um bom conselho.
É fácil sentar-se em uma cadeira o difícil é ser merecedor da mesma. E mais ainda, compreender que nossa missão não é simples, é complexa, e devemos voltar a refletir: quando estamos em grupo ficamos fortes ou fragilizados?
Todos os trabalhos que são desenvolvidos o resultado devia ser o reconhecimento da contribuição para o avanço tecnológico, educacional, antropológico, sociológico, histórico e cultural das relações étnico racial. A lei 10.639/03, que constitui as diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações Étnico-Raciais e Ensino da Historia, Cultura Afro-Brasileira, Africana e Povos Indígena.
Ficamos esperando e 10 anos depois; quais os avanços tanto do poder púbico, privado e dos movimentos sociais? Discutir conceitos de raça, racismo e preconceito tornam-se mais importantes, que refletir a respeito do impacto do racismo sobre população negra e sobre o papel que o Estado, em particular, a escola têm desempenhado para discutir situações de racismo e de discriminação envolvendo a população pobre e negra internamente; sequer no país e no mundo.
 Essa questão é bastante polêmica e muito difícil ao ser discutido pela opinião pública quando envolve a palavra raça, com sua duplicidade que toda a sociedade brasileira prefere que não existisse nos dicionários, isto porque ela faz parte de nossa educação cultural de racismo e preconceito. Nesse universo de valores, de nossa cultura, mas parece que a cegueira mental aumenta o seu teor, pois a palavra raça está comprometidamente envolvida com a palavra “Poder.”
Neste campo específico, o movimento desenvolve outras estratégias e instrumentos para o combate de atitudes, comportamentos e pensamento antirracismo e outras as formas de discriminação.
A ação e o pensamento dos movimentos sociais urbanos, em particular o Movimento Social Negro, nessa atual fase da globalização, exige a compreensão da dimensão conjuntural que lhe imprime determinadas circunstâncias, bem como a compreensão da relação teoria e historia no qual eles se inserem.
As alterações constantes no quadro político e das relações sócio raciais, no Brasil e no mundo, têm colocado necessidade de uma maior reflexão sobre essa temática em sua relação com os poderes constituídos na esfera municipal, estadual e federal. Com o ressurgimento de novas formas de discriminação racial, racismo, xenofobia, intolerância religiosa, etc.; é importante mapear historicamente tais fenômenos assim como fortalecer o diálogo entre sociedade civil e Estado para a promoção da igualdade racial e dos direitos humanos, ferido aos ideais de Paulo Freire;  aí sim se pode mostrar merecer sentar naquela cadeira.









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