A África é
eu e vocês:
"Ação Afirmativa, dez anos depois 10.639/03"
Movimento Negro Brasileiro.
Movimento Negro Brasileiro.
Texto: Prof. Osvaldinho Teixeira.
Mestre Griô, Pedagogo e Pós Graduado em Historia da África.
A nossa luta não
poder acabar. Não devemos esmorecer, nunca estivemos tão próximo das nossas
conquistas, é importante a nossa adesão; unidos temos mais força.
Os encontros do
movimento negro estão sendo realizados em vários espaços, muitas redes foram
criadas com outros discursos, mas pertinente, a minoria quer ser independente;
individualistas, quando são convocados inventam mil e uma desculpas para não se
comprometer e ainda produzem duras
críticas aos que ainda se mantem na luta. Essas críticas fazem parte do
processo evolutivo, é sinal que estamos sendo vistos e mais, incomoda, assim
ficar atento parece ser um bom conselho.
É fácil
sentar-se em uma cadeira o difícil é ser merecedor da mesma. E mais ainda,
compreender que nossa missão não é simples, é complexa, e devemos voltar a
refletir: quando estamos em grupo ficamos fortes ou fragilizados?
Todos os
trabalhos que são desenvolvidos o resultado devia ser o reconhecimento da
contribuição para o avanço tecnológico, educacional, antropológico,
sociológico, histórico e cultural das relações étnico racial. A lei 10.639/03,
que constitui as diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações
Étnico-Raciais e Ensino da Historia, Cultura Afro-Brasileira, Africana e Povos
Indígena.
Ficamos
esperando e 10 anos depois; quais os avanços tanto do poder púbico, privado e
dos movimentos sociais? Discutir conceitos de raça, racismo e preconceito
tornam-se mais importantes, que refletir a respeito do impacto do racismo
sobre população negra e sobre o papel que o Estado, em particular, a escola têm
desempenhado para discutir situações de racismo e de discriminação envolvendo a
população pobre e negra internamente; sequer no país e no mundo.
Essa questão é bastante polêmica e muito
difícil ao ser discutido pela opinião pública quando envolve a palavra raça,
com sua duplicidade que toda a sociedade brasileira prefere que não
existisse nos dicionários, isto porque ela faz parte de nossa educação cultural
de racismo e preconceito. Nesse universo de valores, de nossa cultura, mas
parece que a cegueira mental aumenta o seu teor, pois a palavra raça está
comprometidamente envolvida com a palavra “Poder.”
Neste campo específico,
o movimento desenvolve outras estratégias e instrumentos para o combate de
atitudes, comportamentos e pensamento antirracismo e outras as formas de
discriminação.
A ação e o
pensamento dos movimentos sociais urbanos, em particular o Movimento Social
Negro, nessa atual fase da globalização, exige a compreensão da dimensão
conjuntural que lhe imprime determinadas circunstâncias, bem como a compreensão
da relação teoria e historia no qual eles se inserem.
As alterações
constantes no quadro político e das relações sócio raciais, no Brasil e no
mundo, têm colocado necessidade de uma maior reflexão sobre essa temática em
sua relação com os poderes constituídos na esfera municipal, estadual e
federal. Com o ressurgimento de novas formas de discriminação racial, racismo,
xenofobia, intolerância religiosa, etc.; é importante mapear historicamente
tais fenômenos assim como fortalecer o diálogo entre sociedade civil e Estado
para a promoção da igualdade racial e dos direitos humanos, ferido aos ideais de Paulo Freire; aí sim se pode
mostrar merecer sentar naquela cadeira.
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